Caros acompanhantes de aventuras, a temporada em Hamburgo, na Alemanha chegou ao fim. Espero que um fim temporário e que muitas outras venham.
O que dizer dos seis meses mais intensos e inesquecíveis de minha vida? Como resumir este período inteiro em algumas palavras? Simples: não é possível.
O simples fato de voltar a escrever no blog me lembra as noites gélidas de Hamburgo, o conforto de meu quarto, a tranquilidade de espírito, os planos simples e imediatos, a calma.
Numa rápida análise, encaro como pontos positivos o aprendizado da língua alemã em primeiro lugar. Este era o objetivo maior da viagem e foi cumprido com distinção, pois hoje consigo travar uma conversão durate horas em alemão e leio, ouço e escrevo sem problemas. Outra vantagem foi ter cursado na Universidade as cadeiras que ainda tinha pago no Brasil, o que me permitiu aproveitar estas disciplinas aqui. Graças ao período na Universidade de Hamburgo promovi uma mudança de orientação acadêmica, me interessando agora muito mais pela área ambiental. Vem aí, inclusive, uma monografia de final de curso sobre este tema.
O mais importante, na minha ótica, foi conjugar os momentos de estudo e trabalho (seriedade) com os momentos de lazer e descontração (viagens e saídas). Se concentrar num só, a experiência não será tão rica. Pelo menos, assim creio. Vi que é possível sim divertir-se e experimentar novos desafios com compromisso, sem comodismos.
Já o lado negativo da vigam diz respeito ao clima e à alimentação, questões extremamente subjetivas. O clima, porque enfrentei o inverno mais rigoroso das últimas décadas na Alemanha, com queda constante de neve e temperaturas eternamente negativas, o que dificultou a concretização de alguns planos. Se possível, recomendo a primavera como período ideal para eventual intercâmbio.
Já a alimentação, de início deliciosa, após alguns meses tornou-se repetitiva e, no meu caso, pouco saudável. Como fazia as principais refeições no refeitório da universidade, vários dias almocei a típica salsicha com batata. Neste ponto, não posso mentir: o Brasil é infinitamente superior!
De resto, não tenho do que reclamar. Fui extremamente bem recepcionado por todos na Alemanha e descobri um povo hospitaleiro e muito educado, treinado para o progresso. Mais ainda, descobri que existe muito sentimento sob a camada de seriedade de cada alemão. E os outros estudantes erasmus? Estes nem se fala! Foram e ainda são parte importante da experiência. Fiz amigos, verdadeiros irmãos em solo europeu, que me mudaram e mudaram comigo.
Um abraço especial a Andrea Bisanti, Morena Michelon, Isotta Priano, Katherine Bieck, Gregor Lamersdorf, Dietl Jatin, Tania Abiatti, Iowanna, Matthias Pfininger, Deborah Grillo, Olivia Peroumal, Paola, Gregório e muitos outros!
Um dia estarei de volta!
Auf wiedersehen!