sábado, 19 de dezembro de 2009

Hopenhagen?


É oficial. A cimeira de Copenhagen encontrou seu fim da maneira mais tímida possível. Não seria demais falar em um fracasso retumbante.

Depois de duas semanas de negociações, os represetantes dos 193 países do mundo não conseguiram em momento algum alcançar consenso, especialmente no momento de elaboração do documento final - o "Copenhagen Accord".

O resultado? Uma mera declaração de intenções, sem nenhuma força obrigatòria, sem coercibilidade. Sabemos como é sensível essa questão da obrigatoriedade nos acordos internacionais, mas a falta de responsabilidade quanto à questão ambiental é estarrecedora. Além disso, o principal objetivo da COP 15 era elaborar um acordo politicamente vinculante. Se não conseguiu, falhou.

Chegamos ao "Zwei-Grad-Ziel", ou objetivo dos dois graus, segundo o qual os países se comprometeram a evitar o aquecimento do planeta em dois graus até 2020. Mas dizer que vamos evitar que a Terra aqueça 2 graus, sem especificar os meios pelos quais o faremos é o mesmo que não pretender nada.

Foi isso e o fundo de 100 bilhões de dólares para os países pobres. Fundo este para o qual o Brasil irá contribuir, enquanto quarto maior poluidor do mundo. Essa foi a principal contribuição dos EUA para a cimeira, que na hora de doar é bem mais eficiente que ao assumir responsabilidades. Comprometer-se com a retribuição financeira do prejuízo a posteriori é mais fácil do que assumir responsabilidades a priori. É a inversão daquela velha e conhecida máxima do mais vale prevenir de que remediar. Claro que a proposta foi acatada imediatamente pela UE e pelo Japão.

O que ficou bem claro é que os interesses privados nacionais prevaleceram novamente diante do interesse coletivo. A questão é: até quando? Enquanto isso, vamos preparando essa nova geração, que a batalha vai ser grande.

É... parece que "Hopenhagen" não vingou.

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