Olha aí a prova de que eu não estava delirando no penúltimo post. Eu e Bernardo Carvalho no restaurante Arkadesh, em foto feita por Paola.
Bons momentos!
sábado, 31 de outubro de 2009
Hafencity - O futuro está aqui
Na sexta-feira, pela manhã, dei uma volta na parte do porto de Hamburg que esté sendo reconstruída. Já no consulado alemão eu tinha visto algumas imagens dos projetos para valorização da área do porto, mas não acreditava que fosse tão real. Há mais de um século, os produtos trazidos pelos navios à cidade eram armazaenados na Speicherncity, ou "cidade dos armazéns" . Com o crescimento do porto, esses armazén tornaram-se cada vez mais obsoletos.
Com a segunda guerra mundial, a cidade inteira foi destruída. Então entra em cena uma série de projeto ousados para reconstrução dessa área, substituindo os antigos armazens por edifícios modernos, tanto residenciais, quanto comerciais. Resultado: um espaço extremamente valorizado numa região geralmente problemática. Pode-se comparar com o que foi feito em Belém do Pará.
Mas ainda há muito o que ser feito. Num golpe de visão, pude contar 13 gruas em atividade. Trata-se de uma "cidade" em construção, um microcosmo independente de Hamburg. Toda projetada, centrímetro por centrímetro. Não há uma previsão certa para a conclusão de todas as obras, mas acredito que até 2015 estará tudo pronto.
Um detalhe apenas sobre Hamburg: tem 1,8 milhão de hambitantes, mas possui um PIB igual ao de Berlim, que alberga 3,4 milhões, o dobro! A cidade é rica, as pessoas são ricas e há pouco desemprego comparado com Berlim. O que o segundo maior porto da Europa não faz com uma cidade?
Para os que se interessam em arquitetura moderna, os projetos estão todos nesse endereço aqui: http://www.hafencity.com/index.php?set_language=en&cccpage=projekte
Para os mais preguiçosos, seguem algumas imagens, ao menos, da Filarmônica do Elba, antigo armazém de Chá e Café (provavelmente vindo do Brasil e Comlômbia).
Elbphilharmonie em 2005, antes do início das obras.
Área do antigo porto que está em obras. Pode-se perceber claramente o modelo portuário, com os cais para cada navio:
Elbphilharmonie em maio de 2012, ao final das obras:
E pensar que em João Pessoa nós não conseguimos nem dar início às obras no Porto do Capim/Varadouro...
A vontade mesmo é voltar aqui quando estiver tudo pronto! Como Danilo disse, temos esse característica de estar numa cidade quando ela está em construção. Em Coimbra foi a mesma coisa - chegamos numa cidade, partimos de outra. Não fosse a estreiteza de minha estada aqui, tenho certeza que o mesmo se repetiria!
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
A viagem é uma peregrinação de identidades
Sabem aquele dia no qual aconteceram tantas coisas, que ao final do mesmo você acha que já passou uma semana, mas você não queria que acabasse?
Pois é, ontem (29.10) meu dia foi assim. Começou mal quando recebi a notícia, por meio de minha professora, de que não poderia cursar alemão aqui porque não sou Erasmus. Mas conversei com a coordenadora do curso e ela permitiu que eu fizesse um curso especial de alemão, não tão aprimorado, mas simultâneo com um curso de alemão jurídico.
Depois disso, foi o dia em que mais falei portguês desde que cheguei em Hamburg. Alemocei na cantina da Uni-Hmbg com uma amiga brasileira, Elisa, de Belo Horizonte. Elisa é casada com um alemão e veio para Hamburgo fazer um master em Arquitetura. Durante o almoço, conhecemos uma outra brasileira, de Fortaleza, a Paola. Ela estuda Etnologia e Psicologia na Universidade e mora em Hamburgo há 2 anos, com a mãe. Antes disso morou 3 anos em Londres, pois a mãe estava no doutorado.
Depois do almoço bebemos um café juntos e fomos em busca de uma professora paraibana que mora em Hamburg e dá aulas na universidade há bastante tempo - a professora Vânia Karsch. Queria pessoalmente agradecê-la por ter auxiliado no meu processo de intercâmbio para a universidade de Hamburg. Essa senhora, simpatissímia, é hoje a grande ponte entre a UFPE, UFPB e a Uni-Hamburg! Ao falar com ela, avisou-me que a noite haveria uma noite literária no prédio de filosofia, com a apresentação da tradução em alemão de dois livros de Bernardo Carvalho. Assisti a uma aula cansativa e fui à palestra.
Carvalho é jornalista pela Folha e escritor (foto acima). Tem seus livros traduzidos em diversas línguas e ganha cada vez mais projeção fora do Brasil. Nenhum dos três fazíamos idéia de quem ele era e resolvemos arriscar. No mínimo, iríamos ouvir um pouquinho de português e depois sair para jantar juntos de todo modo. Mas a surpresa foi deveras agradável! Dos trechos que foram lidos e do debate que se seguiu, gostei bastante do que ouvi. Bernardo investe numa literatura do vulnerável, do perdedor. Aposta em histórias de fracasso e usa constantemente termos negativos nas obras. Só não foi melhor, porque a tradução era simultânea, com aquela interrupção na fala do palestrante. O que também não prejudicou a integridade do evento.
Ao final da apresentação, fomos falar com o escritor, parabenizá-lo e trocar algumas idéias mais. Eis que surge a velha proposta de jantarem os organizadores e o palestrante, e nós fomos expressamente convidados! Fomos a um restaurante turco muito bom (Arkadesh), conversamos muito português e demos muitas gargalhadas, tudo isso acompanhado de boa comida turca e cerveja alemã. Entre "causos" vividos na Alemanha e algumas brincadeiras, normalmente surgia um tema literário: um livro recém-publicado, uma tradução mal feita, um autor preferido... e umas frases interessantes. Lá pras tantas, um professor gaúcho, falando sobre um livro que tinha lido, relembra uma passagem que marcou a noite: "A viagem é uma peregrinação de indentidades". Poucas vezes vi tantas palavras, teses, pensamentos condensados numa só frase. Infelizmente, não lembro o nome do livro, nem do autor.
Com essa frase me despeço, comprovando que uma viagem é, realmente, uma peregrinação de identidades!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Óculos e Custo de Vida
Hoje, finalmente, busquei meus óculos novos! Depois de quase um mês usando lentes o tempo inteiro, já não aguentava mais. E depois, com lentes não consigo ler durante muito tempo, nem estar no computador. Os óculos vão quebar um galho enorme!
Um tópico sobre o qual ainda não postei no blog diz respeito ao custo de vida em Hamburg. É uma cidade que não foge em nada ao padrão "Europa". Por outras palavras, serviços com preços extratosféricos, entre eles, restaurantes, bares e acreditem, transporte. Um Hamburger paga, mensalmente, 80 euros por um ticket de transporte para ônibus e metrô - não é meu caso. Nos bares e restaurantes, uma cerveja custa 3 euros. A mesma cerveja pode ser comprada por 0,50 cêntimos em qualquer supermercado. Tirem suas conclusões...
O que é extremamente dispendioso são os shows (Konzerte). Mesmo apresentações de bandas locais custam, no mínimo, 11 euros. Esta semana quem estará aqui é Muse, por apenas 55 euros. Já para assistir a um show de Moby, basta desembolsar 40 euros. Até o show de CéU tá por 27 euros. Penso que há inúmeras outras e melhores possibilidades onde se aplicar tamanhas quantias.
Por outro lado, os supermercados oferecem produtos a preços acessíveis. Fiz 4 feiras durante o mês de outubro, gastando uma média de 10 euros em cada. Acabo de chegar do supermercado com uma feira para uma semana, que custou 9 euros. Os itens foram: 15 salsichas nuremberg (pequenas), mostarda, três caixas de leite, um suco, uma coca-cola, 1 kg de cereais, fondor e mais dois temperos de pimentão e noz moscada, queijo goulda, salame e pão em caixa. Como não estou almoçando na residência (além de não ter paciência para cozinhar, a comida na Mensa da universidade é muito boa e barata - 1,70 euros por refeição), isso basta para café-da-manhã, janta e almoço nos fins de semana.
Sabendo fazer, dá para viver bem, com muito lazer e diversão, sem precisar pegar pesado nos gastos. Aos poucos estou me acertando, aprendendo os macetes. E assim vou continuando a odisséia de um estudante em Hamburg.
Ao som de Cordel do Fogo Encantado, tchau e até a próxima!
Um tópico sobre o qual ainda não postei no blog diz respeito ao custo de vida em Hamburg. É uma cidade que não foge em nada ao padrão "Europa". Por outras palavras, serviços com preços extratosféricos, entre eles, restaurantes, bares e acreditem, transporte. Um Hamburger paga, mensalmente, 80 euros por um ticket de transporte para ônibus e metrô - não é meu caso. Nos bares e restaurantes, uma cerveja custa 3 euros. A mesma cerveja pode ser comprada por 0,50 cêntimos em qualquer supermercado. Tirem suas conclusões...
O que é extremamente dispendioso são os shows (Konzerte). Mesmo apresentações de bandas locais custam, no mínimo, 11 euros. Esta semana quem estará aqui é Muse, por apenas 55 euros. Já para assistir a um show de Moby, basta desembolsar 40 euros. Até o show de CéU tá por 27 euros. Penso que há inúmeras outras e melhores possibilidades onde se aplicar tamanhas quantias.
Por outro lado, os supermercados oferecem produtos a preços acessíveis. Fiz 4 feiras durante o mês de outubro, gastando uma média de 10 euros em cada. Acabo de chegar do supermercado com uma feira para uma semana, que custou 9 euros. Os itens foram: 15 salsichas nuremberg (pequenas), mostarda, três caixas de leite, um suco, uma coca-cola, 1 kg de cereais, fondor e mais dois temperos de pimentão e noz moscada, queijo goulda, salame e pão em caixa. Como não estou almoçando na residência (além de não ter paciência para cozinhar, a comida na Mensa da universidade é muito boa e barata - 1,70 euros por refeição), isso basta para café-da-manhã, janta e almoço nos fins de semana.
Sabendo fazer, dá para viver bem, com muito lazer e diversão, sem precisar pegar pesado nos gastos. Aos poucos estou me acertando, aprendendo os macetes. E assim vou continuando a odisséia de um estudante em Hamburg.
Ao som de Cordel do Fogo Encantado, tchau e até a próxima!
sábado, 24 de outubro de 2009
Sistema Legal Alemão - I - Die Polizei
No âmbito do trabalho exigido pelo professor de Direito Processual Penal, Vitor Granadeiro, da UFPB, passarei a expôr alguns fatos acerca da processualística penal alemã, começando com uma análise de cunho sociológico acerca da relação entre polícia e sociedade. São, antes de tudo, impressões experimentadas no cotidiano da vida em Hamburg.
Hamburgo é uma cidade com quase 2 milhoes de habitantes (aprox. 1.800.000). Uma metrópole, portanto, considerada bastante "agitada" para a realidade alemã. A cidade divide-se em duas partes principais, o norte do rio Elba e o sul do rio Elba. A primeira, área desenvolvida, turística e residencial dos alemães, desenvolvida e calma em termos de ocorrência policiais - é onde vivo. Já o sul do Ela é complicado, com bairros mais pobres habitados por imigrantes, considerados como zonas "quentes" da Hamburg - palavras de uma hamburgerin. Já fui diversas vezes aconselhado a não ir a noite para o lado de lá do Elba. Mas tenho interesse em ir durante o dia, pois quero conhecer a cidade e não apenas o norte do Elba.
Desde que cheguei, vi pouquíssimas vezes a polícia nas ruas. Simplesmente não se fazem presentes na maior parte da cidade, isto é, a norte. Vê-se mais ambulâncias e corpo de bombeiros do que a polícia em si. Salvo nas áreas turisticas vultuosas, como o complexo de bares, casinos e sex shops da Reeperbahn.
A polícia de Hamburg tem a sua disposição os melhores carros-patrulha da Alemanha. Há duas semanas adquiriu quatro Mercedes-benz Klasse E, equipados com tudo que tem direito e um motor sensasional. Tem também a sua disposição tanques que tranportam os jatos de água, para dispersar manifestações. A administração da segurança pública é municipal, cabendo ao município a aquisição de bens e o equipamento de suas forças policiais.
Das vezes que vi policiais nas ruas, andavam armados, embora acreditasse que fosse uma polícia desarmada. Ou melhor, armada com cacetes ou teasers, ao menos nas atividades de patrulha. Os policiais andam com tranquilidade, transmitindo a convicção de que nada ocorerrá na área. A única vez que os vi em ação foi quando dois policiais apartaram uma briga na Reeperbahn, isto é, nada demais.
Os principais delitos são roubo, invasão de propriedade e furto. Durante todo o ano passado, foram registrados 890 assassinatos nacionalmente. A Alemanha tem níveis excepcionais de solução dos casos, chegando a 95%, o que gera a convicção de pena certa a quem se aventura num assalto a mão armada. Os tribunais, por isso, são cheios de casos de violência juvenil, especialmente depredação de patrimonio público e furto.
A maioridade penal na Alemanha é de 18 anos, mas existe um status especial para aqueles entre 18 e 21, contra os quais não se aplicam penas tão fortes, além de serem conferidas algumas garantias, como transação, pena alternativa etc. Para todos os efeitos, ainda são considerados "adolescentes". E nós, no Brasil, achando que o problema da segurança pública passa pela redução da maioridade penal...
Conversando com alguns Punks, as críticas à Polizei não inúmeras, em termos de brutalidade e desrespeito. Mas isso porque eles são uma classe de risco, especialmente visada pelas autoridades, mais por fama passada que por ações atuais de vandalismo. Isso terei que saber melhor, com outras pessoas, em especial imigrantes. A relação comunidade-polícia é relativa ao extremo.
A Polícia desemprenha um papel excepcional na elaboração do inquérito que sustentará a denúncia do ministério público. O sistema alemão é semelhante ao brasileiro, com um promotor acusando, embora não saiba se existe um sistema de defensoria pública, como no Brasil. Vi três processos judiciais e nos três os relatórios da polícia eram detalhadíssimos, com imagens, cds com vídeos, impressões digitais. Coisa de CSI mesmo. Mais detalhes ainda não posso fornecer, quanto a prazos, por exemplo.
Há duas semanas presenciei um evento interessante. Uma exopisição na frente da Rathaus (Prefeitura) com as forças de segurança pública (policia, bombeiros e cruz vermelha), entre elas várias unidades especiais anti-terrorismo - surgiu um boato de ataque terrorista à estação de trem de hamburg. Nesse "evento", a polícia exibe os cães treinados, os carros, faz simulações de salvamentos, exercícios de treinamento com civis, conscientiza as crianças sobre segurança pública etc. Em suma, passa para a comunidade a ideia de um órgão bem equipado, preparado e, acima de tudo, próximo, amigo do cidadão.
Por enqaunto é só. Procurarei me informar sobre o processo penal alemão com mais detalhes. Então teremos a segunda parte. Aguardem!
Semana corrida
Essa semana não consegui atualizar o blog como queria, mas por bons motivos.
Além das aulas, que começaram com toda, a vida universitária oferece diariamente inúmeras atividades. É só ficar antenado para perceber o quanto se pode aproveitar a experiência acadêmica aqui.
Toda quarta-feira, pela tarde, há alguma atividade acontecendo no Asta Café, gerenciado pela associação dos estudantes da Uni Hamburg, tipo nosso DCE. Essa semana foi só uma conversa com os Erasmus, com dicas e macetes para a vida acadêmica. Semana que vem será a vez do Halloween do Asta e na próxima semana é a vez dos brasileiros, numa boa e velha roda de capoeira. Vou matar a saudade das terras canarinhas nessa ocasião.
Outra ocupação que me consumiu bastante tempo foi a configuração de meu pc para receber o sinal wi-fi da universidade de hamburg. Existem dois softwares especiais, que são super difíceis de instalar. Mas agora já tenho acesso a internet sem fio em qualquer ponto do campus, a qualquer horário. Nesse ponto a organização da universidade e a gama de facilidades que estão a disposição dos estudantes impressiona!
Existe um grupo na universidade que organiza semanalmente um "cineclube" profissional, mas só com os filmes mais badalados do cinema. Cobram 2 euros pela entrada, mas a exibição ocorre no Audimax, o anfiteatro gigante da uni-hamburg. Na quinta passada (22.10) assisti a um filme francês fantástico: Wilkommen bei den Sch'its.
Um detalhe é que todos os filmes, séries e programas são dublados na Alemanha, algumas vezes até no cinema. O mesmo ocorre na Itália e na França. Para quem está querendo aprender alemão, como é o meu caso, é o ideal. Já para o povo, sera mais interessante a lingua original, por questões de familiarização com os idiomas estrangeiros. Há algumas semanas um importante político alemão, braço direito de Angela Merkel, chamado Westerwelle, disse a um reporter inglês que eles estavam na Alemanha e que por isso não iria ouvir as perguntas em inglês. Teria que passar por um tradutor nos dois sentidos. E ao final do discurso, disse algo como "Isso aqui é a Alemanha"... Olha aí a classe política dando o exemplo!
Ontem a noite (sexta, 23.10), fui novamente a casa de Andrea e Albana para outro jantar. Éramos eu, eles, Isotta, Morena (italianas), Katherine (alemã) e Egor (russo). Dessa vez quem cozinhou foi Andrea, uma maravilhosa macarronada com beringela, para 7 pessoas. A conversa foi igualmente interessante, mas porque conheci de perto o pensamento de um fundamentalista de extrema direita, o russo. Ele fala 4 linguas com fluencia e está concluindo ciencia política na Rússia, mas parece viver noutro mundo, uma bolha hermeticamente fechada, onde só existem teorias naturalistas para explicar tudo. Falou tantas atrocidades e mostrou tanto racismo com relação aos muçulmanos e aos imigrantes que não tenho mais interesse em voltar a conversar com ele, nem com quem pense como ele. O primeiro desse nível que encontrei por aqui. Péssimo embaixador da Rússia, já famosa por concentrar mais da metade dos neo-naxis do mundo e pelas ondas frequentes de xenofobia. Esse vai passar longe!
Mas isso não foi suficiente para atrapalhar a noite especial. Por isso, depois do "debate" seguimos para uma festa dos erasmus na universidade, no prédio de comunicação. O engraçado é que o espaço das salas de aulas serviram como pistas de dança. Albana, que vem da tradição norte-americana de respeito máximo a instituição, onde nem sequer no espaço aberto do campus são permitidas festas, ficou simultaneamente horrorizada e impressionada, por estar se divertindo no exato local onde teve aulas na manhã do mesmo dia. Não sabia como julgar aquela situação. Ela concluiu o ensino superior na Universidade de San Francisco e hoje está no master pela Universidade de New York.
Cada vez tenho mais afinidade com essa turma. Pessoas muito simpáticas, com as quais não tenho contato no dia-a-dia, o que ajuda por não desgastar. E depois, estou cercado de gente inteligente, o que só me puxa pra cima!
Até a próxima!
Além das aulas, que começaram com toda, a vida universitária oferece diariamente inúmeras atividades. É só ficar antenado para perceber o quanto se pode aproveitar a experiência acadêmica aqui.
Toda quarta-feira, pela tarde, há alguma atividade acontecendo no Asta Café, gerenciado pela associação dos estudantes da Uni Hamburg, tipo nosso DCE. Essa semana foi só uma conversa com os Erasmus, com dicas e macetes para a vida acadêmica. Semana que vem será a vez do Halloween do Asta e na próxima semana é a vez dos brasileiros, numa boa e velha roda de capoeira. Vou matar a saudade das terras canarinhas nessa ocasião.
Outra ocupação que me consumiu bastante tempo foi a configuração de meu pc para receber o sinal wi-fi da universidade de hamburg. Existem dois softwares especiais, que são super difíceis de instalar. Mas agora já tenho acesso a internet sem fio em qualquer ponto do campus, a qualquer horário. Nesse ponto a organização da universidade e a gama de facilidades que estão a disposição dos estudantes impressiona!
Existe um grupo na universidade que organiza semanalmente um "cineclube" profissional, mas só com os filmes mais badalados do cinema. Cobram 2 euros pela entrada, mas a exibição ocorre no Audimax, o anfiteatro gigante da uni-hamburg. Na quinta passada (22.10) assisti a um filme francês fantástico: Wilkommen bei den Sch'its.
Um detalhe é que todos os filmes, séries e programas são dublados na Alemanha, algumas vezes até no cinema. O mesmo ocorre na Itália e na França. Para quem está querendo aprender alemão, como é o meu caso, é o ideal. Já para o povo, sera mais interessante a lingua original, por questões de familiarização com os idiomas estrangeiros. Há algumas semanas um importante político alemão, braço direito de Angela Merkel, chamado Westerwelle, disse a um reporter inglês que eles estavam na Alemanha e que por isso não iria ouvir as perguntas em inglês. Teria que passar por um tradutor nos dois sentidos. E ao final do discurso, disse algo como "Isso aqui é a Alemanha"... Olha aí a classe política dando o exemplo!
Ontem a noite (sexta, 23.10), fui novamente a casa de Andrea e Albana para outro jantar. Éramos eu, eles, Isotta, Morena (italianas), Katherine (alemã) e Egor (russo). Dessa vez quem cozinhou foi Andrea, uma maravilhosa macarronada com beringela, para 7 pessoas. A conversa foi igualmente interessante, mas porque conheci de perto o pensamento de um fundamentalista de extrema direita, o russo. Ele fala 4 linguas com fluencia e está concluindo ciencia política na Rússia, mas parece viver noutro mundo, uma bolha hermeticamente fechada, onde só existem teorias naturalistas para explicar tudo. Falou tantas atrocidades e mostrou tanto racismo com relação aos muçulmanos e aos imigrantes que não tenho mais interesse em voltar a conversar com ele, nem com quem pense como ele. O primeiro desse nível que encontrei por aqui. Péssimo embaixador da Rússia, já famosa por concentrar mais da metade dos neo-naxis do mundo e pelas ondas frequentes de xenofobia. Esse vai passar longe!
Mas isso não foi suficiente para atrapalhar a noite especial. Por isso, depois do "debate" seguimos para uma festa dos erasmus na universidade, no prédio de comunicação. O engraçado é que o espaço das salas de aulas serviram como pistas de dança. Albana, que vem da tradição norte-americana de respeito máximo a instituição, onde nem sequer no espaço aberto do campus são permitidas festas, ficou simultaneamente horrorizada e impressionada, por estar se divertindo no exato local onde teve aulas na manhã do mesmo dia. Não sabia como julgar aquela situação. Ela concluiu o ensino superior na Universidade de San Francisco e hoje está no master pela Universidade de New York.
Cada vez tenho mais afinidade com essa turma. Pessoas muito simpáticas, com as quais não tenho contato no dia-a-dia, o que ajuda por não desgastar. E depois, estou cercado de gente inteligente, o que só me puxa pra cima!
Até a próxima!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Stadtpark - só uma palhinha
No Stadtpark também tem o planetário, que vou visitar em Dezembro, numa excursão com a universidade. Assim é mais divertido que sozinho.
Essa é a visão do parque a partir do planetário. É um pedaço de verde enorme no coração de Hamburg, num dos bairros mais valorizados. E é melhor para visitar agora, que ainda não está nevando. Se bem que o parque todo branco deve ser de tirar o fôlego também..
Essa é a visão do parque a partir do planetário. É um pedaço de verde enorme no coração de Hamburg, num dos bairros mais valorizados. E é melhor para visitar agora, que ainda não está nevando. Se bem que o parque todo branco deve ser de tirar o fôlego também..
Zweites Tag
O dia hoje foi puxadíssimo!
Pela manhã não tive aulas. Em compensação, pela tarde a primeira aula, de Direito Ambiental, começou às 14 em ponto e a última, de Direito dos Povos (Internacional Público) acabou às 20, em ponto, sem tempo para intervalo entre elas. No meio termo, tive Direito Comercial Internacional, entre as 16 e as 18.
Se em português uma carga de 6 horas seguidas de aulas é pesada, agora acrescente a isso o idioma alemão. Quando acho que estou progredindo no alemão, aí vem uma aula como a de direito ambiental e diz que não. O professor não usava microfone e falou sobre dados e estatísticas, para traçar um panorama da situação ambiental atual. Aí já viu... número em alemão é o maior dos pesadelos! E quando se escuta uma palavra como Gewasserverunreinigungen ou Luftschadestoffe??
Na segunda aula, entendi pouco, novamente. O professor tem um parafuso a menos, fala muito depressa e desvia com frequencia do assunto da matéria - não sei como, mas deu pra perceber isso. Acho que essa disciplina eu vou passar.
Já a última me permitiu voltar pra casa feliz. O professor de Internacional Publico é muito bom, fala com calma e sua aula é muito disputada. A sala de aula (normal, sem ser do tipo salão) estava abarrotada de gente, inclusive do mestrado. É um disciplina ministrada no sexto período, o penúltimo aqui na Europa, de modo que os alunos já detem um conhecimento de direito razoável. Vou cursar essa com certeza!
Por enquanto, não estou muito preocupado com o conteudo da disciplina. As aulas são mais de alemão que de Direito. Anoto palavras que não conheço, expressões que o professor usa etc. E em casa verifico tudo no dicionário. Conversando com uma alemã que esteve 1 ano na Itália, ela confessou que demorou 8 meses até entender tudo que os professores diziam. Tenho certeza que em bem menos tempo estarei entendo com clareza o que for dito nas aulas.
Por isso, haja trabalho!
Mas com descontração também. Amanhã vou ao Parque municipal (Stadtpark) com uma turma da Europa Haus. Pela tarde tenho apenas uma aula e depois vou a Altona, bairro tradicional de Hamburg.
E assim sigo essa nova vida por aqui.
Pela manhã não tive aulas. Em compensação, pela tarde a primeira aula, de Direito Ambiental, começou às 14 em ponto e a última, de Direito dos Povos (Internacional Público) acabou às 20, em ponto, sem tempo para intervalo entre elas. No meio termo, tive Direito Comercial Internacional, entre as 16 e as 18.
Se em português uma carga de 6 horas seguidas de aulas é pesada, agora acrescente a isso o idioma alemão. Quando acho que estou progredindo no alemão, aí vem uma aula como a de direito ambiental e diz que não. O professor não usava microfone e falou sobre dados e estatísticas, para traçar um panorama da situação ambiental atual. Aí já viu... número em alemão é o maior dos pesadelos! E quando se escuta uma palavra como Gewasserverunreinigungen ou Luftschadestoffe??
Na segunda aula, entendi pouco, novamente. O professor tem um parafuso a menos, fala muito depressa e desvia com frequencia do assunto da matéria - não sei como, mas deu pra perceber isso. Acho que essa disciplina eu vou passar.
Já a última me permitiu voltar pra casa feliz. O professor de Internacional Publico é muito bom, fala com calma e sua aula é muito disputada. A sala de aula (normal, sem ser do tipo salão) estava abarrotada de gente, inclusive do mestrado. É um disciplina ministrada no sexto período, o penúltimo aqui na Europa, de modo que os alunos já detem um conhecimento de direito razoável. Vou cursar essa com certeza!
Por enquanto, não estou muito preocupado com o conteudo da disciplina. As aulas são mais de alemão que de Direito. Anoto palavras que não conheço, expressões que o professor usa etc. E em casa verifico tudo no dicionário. Conversando com uma alemã que esteve 1 ano na Itália, ela confessou que demorou 8 meses até entender tudo que os professores diziam. Tenho certeza que em bem menos tempo estarei entendo com clareza o que for dito nas aulas.
Por isso, haja trabalho!
Mas com descontração também. Amanhã vou ao Parque municipal (Stadtpark) com uma turma da Europa Haus. Pela tarde tenho apenas uma aula e depois vou a Altona, bairro tradicional de Hamburg.
E assim sigo essa nova vida por aqui.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Primeiro dia de aula
Primeiro dia, ansiedade a mil. Não consegui dormir direito, parecendo menino pequeno. Mas o dia começou bem: cheguei com 10 minutos de antecedencia na universidade para poder procurar a sala e evitar a velha fama dos brasileiros (leia-se latinos) de chegar atrasado.
A aula foi de direito europeu (Europarecht) com um excelente professor. Salão enorme, com uns 200 alunos, todos com seus laptops na mesa (um monte acessando facebook e sites de jogos) e o professor com microfone tipo sandy e júnior com um computador transcrevendo tudo o que ele dizia. Fiquei feliz porque consegui enteder 90% da aula, menos quando os estudantes perguntavam ao professor - falavam muito rápido e baixo.
Dessa aula vale ressaltar duas curiosidades: primeiro, que o pessoal (sem querer generalizar, mas já generalizando) não parece ter boa formação em história, pois o professor perguntou quem foi o governante britânico que, depois da 2ª GM, impulsionou a criação de uma união entre os Estados europeus e uma menina respondeu na lata: Franklin Delano Roosevelt! Tirem suas conclusões...
Segundo, que o tema da segunda guerra mundial ainda não foi digerido na Alemanha. Quando falava sobre o início da UE, o professor falou várias vezes na catástrofe que foi a segunda GM e nas barbaridades cometidas por Hitler, que culminaram na morte de milhões de civis, majoritariamente judeus. Há um sentimento de vergonha que é passado de geração em geração e até hoje os jovens baixam a cabeça quando se fala de segunda grande guerra. Pela cidade há monumentos que foram destruidos na guerra, mas que propositalmente não foram recuperados, para relembrar sempre das atrocidades do concflito.
Um povo que ao mesmo tempo não quer demonstrar fraqueza, mas também não demonstra orgulho em ser alemão. Uma ferida que parece ainda não ter cicatrizado.
Com isso, para terminar, não sei se cursarei direito europeu. Vou esperar pela próxima aula e ver como a matéria se desenvolve.
Hasta la vista!
A aula foi de direito europeu (Europarecht) com um excelente professor. Salão enorme, com uns 200 alunos, todos com seus laptops na mesa (um monte acessando facebook e sites de jogos) e o professor com microfone tipo sandy e júnior com um computador transcrevendo tudo o que ele dizia. Fiquei feliz porque consegui enteder 90% da aula, menos quando os estudantes perguntavam ao professor - falavam muito rápido e baixo.
Dessa aula vale ressaltar duas curiosidades: primeiro, que o pessoal (sem querer generalizar, mas já generalizando) não parece ter boa formação em história, pois o professor perguntou quem foi o governante britânico que, depois da 2ª GM, impulsionou a criação de uma união entre os Estados europeus e uma menina respondeu na lata: Franklin Delano Roosevelt! Tirem suas conclusões...
Segundo, que o tema da segunda guerra mundial ainda não foi digerido na Alemanha. Quando falava sobre o início da UE, o professor falou várias vezes na catástrofe que foi a segunda GM e nas barbaridades cometidas por Hitler, que culminaram na morte de milhões de civis, majoritariamente judeus. Há um sentimento de vergonha que é passado de geração em geração e até hoje os jovens baixam a cabeça quando se fala de segunda grande guerra. Pela cidade há monumentos que foram destruidos na guerra, mas que propositalmente não foram recuperados, para relembrar sempre das atrocidades do concflito.
Um povo que ao mesmo tempo não quer demonstrar fraqueza, mas também não demonstra orgulho em ser alemão. Uma ferida que parece ainda não ter cicatrizado.
Com isso, para terminar, não sei se cursarei direito europeu. Vou esperar pela próxima aula e ver como a matéria se desenvolve.
Hasta la vista!
domingo, 18 de outubro de 2009
Disciplinas na Universidade
Depois de uma olhada nas disciplinas ofertadas para esse semestre de inverno na Uni Hamburg, fiquei na dúvida entre 6, que não estão em coque de horários.
Temos pela frente direito europeu, direito ambiental, direito internacional publico, direito da regulação economica, direito de marcas e patentes, e proteção interncaional dos direitos humanos. Dessas, escolherei apenas 4, de modo a ficar com tempo pra ler material da monografia, sobre democracia participativa.
O impressionante é que a universidade não oferece nenhuma cadeira de sociologia, filosofia do direito, nem ciencia politica. Resultado, uma formação extremamente dogmática e tecnocrata. Forte mesmo aqui é direito penal, mas como não tenho interesse nessa área, vou ficar entre essas de cima.
Próximas duas semanas serão de escolha entre essas disciplinas. Até lá, é ir me situando no curso, na biblioteca, vendo os livros, entre outras coisas.
Isso aqui tá bom demais!
Temos pela frente direito europeu, direito ambiental, direito internacional publico, direito da regulação economica, direito de marcas e patentes, e proteção interncaional dos direitos humanos. Dessas, escolherei apenas 4, de modo a ficar com tempo pra ler material da monografia, sobre democracia participativa.
O impressionante é que a universidade não oferece nenhuma cadeira de sociologia, filosofia do direito, nem ciencia politica. Resultado, uma formação extremamente dogmática e tecnocrata. Forte mesmo aqui é direito penal, mas como não tenho interesse nessa área, vou ficar entre essas de cima.
Próximas duas semanas serão de escolha entre essas disciplinas. Até lá, é ir me situando no curso, na biblioteca, vendo os livros, entre outras coisas.
Isso aqui tá bom demais!
Wurste bei Albana und Andrea
No sábado chamei um amigo italiano, Andrea, para almoçar no centro de Hamburg e aproveitei para comprar novos oculos, já que as aulas já começam amanhã.
Depois de compra-los, fomos a um café em Schanze, uma área de Hamburg que já conheço bem, povoada de café e barezinhos, frequentada pelos estudantes e por moradores locais. De lá, Andrea me convidou para jantar em sua casa, já que estávamos muito próximos. O prato da noite não poderia ser mais alemão: bratwurste mit zwibeln und senf (salsicha frita com cebola e mostarda). O acompanhamento foi pão e uma carne turca, parecida com kibe. O nome acho que era tchibabtchitchi (pelo menos se pronunciava assim...)
Andrea faz medicina, tem uma banda de rock na itália e tá aqui por seis meses, como eu. Encontrou um apartamento e agora está dividindo com uma estudante do Kosovo, chamada Albana. Ela faz mestrado em publicidade, pela universidade de nova iorque. Tem uma história de vida impressionante, pois estava no kosovo durante a guerra em 1998-1999 e deu detalhes incríveis do que foi a vida lá depois da queda da iugoslávia e a invasão dos sérvios. Uma conversa dessas vale por 1000 livros de história.
Ao jantar juntou-se uma outra italiana, do alpes; Isotta. Cursa ciencia política aqui e também é muito gente boa. Hoje pela tarde, fomos almoçar juntos, os quatro. Mais papo cabeça e bastante descontração. Surgiu a proposta de viajar pra Berlim, já que há uma promoção aqui na qual 4 pessoas pagam apenas 28 para ir e voltar de berlim, no total - de onibus. Vamos amadurecer essa ideia, conhecer melhor essa turma, mas tenho impressão que em breve sai trip pra berlim, por uns 4 dias. Daqui pra dezembro quero encontrar companhia pra ir a Copenhagen, conferir a cimeira mundial das nações unidas sobre o clima.
Próximo encontro, os italianos cozinham. O prato será uma macarronada matricciana, com tudo que tem direito! Quero ver quando for minha vez de fazer alguma coisa...
Quando tiver as fotos, coloco-as no meu facebook, a disposição de todos!
Bis bald!
Depois de compra-los, fomos a um café em Schanze, uma área de Hamburg que já conheço bem, povoada de café e barezinhos, frequentada pelos estudantes e por moradores locais. De lá, Andrea me convidou para jantar em sua casa, já que estávamos muito próximos. O prato da noite não poderia ser mais alemão: bratwurste mit zwibeln und senf (salsicha frita com cebola e mostarda). O acompanhamento foi pão e uma carne turca, parecida com kibe. O nome acho que era tchibabtchitchi (pelo menos se pronunciava assim...)
Andrea faz medicina, tem uma banda de rock na itália e tá aqui por seis meses, como eu. Encontrou um apartamento e agora está dividindo com uma estudante do Kosovo, chamada Albana. Ela faz mestrado em publicidade, pela universidade de nova iorque. Tem uma história de vida impressionante, pois estava no kosovo durante a guerra em 1998-1999 e deu detalhes incríveis do que foi a vida lá depois da queda da iugoslávia e a invasão dos sérvios. Uma conversa dessas vale por 1000 livros de história.
Ao jantar juntou-se uma outra italiana, do alpes; Isotta. Cursa ciencia política aqui e também é muito gente boa. Hoje pela tarde, fomos almoçar juntos, os quatro. Mais papo cabeça e bastante descontração. Surgiu a proposta de viajar pra Berlim, já que há uma promoção aqui na qual 4 pessoas pagam apenas 28 para ir e voltar de berlim, no total - de onibus. Vamos amadurecer essa ideia, conhecer melhor essa turma, mas tenho impressão que em breve sai trip pra berlim, por uns 4 dias. Daqui pra dezembro quero encontrar companhia pra ir a Copenhagen, conferir a cimeira mundial das nações unidas sobre o clima.
Próximo encontro, os italianos cozinham. O prato será uma macarronada matricciana, com tudo que tem direito! Quero ver quando for minha vez de fazer alguma coisa...
Quando tiver as fotos, coloco-as no meu facebook, a disposição de todos!
Bis bald!
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Aqui já sopra hoje o vento de amanhã
De turismo hoje foi restrito. Mas ontem fui ao por-do-sol no porto de hamburgo. Uma das cenas mais lindas de minha vida! Tarde maravilhosa de sol, umas 7 e pouco da noite ainda claro, estive nas docas do porto comendo uma baguete de sardinha e apreciando um por do sol único, tendo no horizonte moinhos eolicos, centenas de guindastes e navios e, é claro, o Elba em todo seu esplendor.
Falando assim, não parece grande coisa, mas impressiona pelo tamanho do porto. O segundo maior da europa (só perde pra roterdã) e um dos maiores fluviais do mundo. A sul do Elba, tudo é porto, quilômtros de extensão, cais para cada continente. E depois, tem o fato de que o por-do-sol ainda demora mais que o do jacaré, que num instante acaba. Aqui, foram uns 30 minutos daquele clarão laranja alumiando o porto inteiro. Melhor que isso é só um passeio debarco pelo porto (2 horas), pegando o anoitecer...
Como está escrito num dos cais do porto, "aqui já sopra hoje o vento de amanhã" (hier weht schon heute der Wind von morgen). E vendo aquele gigante ao por-do-sol, não tive dúvidas que assim o é.
Tchuss!
Nível de alemão
Depois de duas semanas de revisão intensiva do alemao, no nível B2, fiz ontem uma prova para saber qual meu real nivel, para um curso de 6 meses, gratuito, na Volkshochschule de Hamburg. De zero a cem, tive 87 pontos, a segunda maior nota da turma. Isso equivale aqui a um 1- (numa escala de 1 a 5, na qual 1 é muito bom e 5 é reprovado). Acima disso, quem advinha?... Exato, só 1 +.
Com isso, avanço pro C1, meu nível de inglês, o que significa muita ralação pela frente. A partir da agora serão, além das aulas na faculdade (as disciplinas eu ainda vou escolher, a universidade nos dá duas semanas para estar em qualquer disciplina que quisermos e ver se gostamos), mais 4 horas semanais, com provas e trabalhos escritos, do curso de alemão. É um curso pago, mas para os erasmus, há benefícios. E tem a condição de fazer o exame ao final do curso. Se não... não sei o que acontece. Talvez seja como uma bolsa, em que tenho que pagar pelo curso que fiz, sei lá...
Hoje de noite tem encontro com os erasmus num restarurante daqui e depois uma festinha pra descontrair. Com uma notícia tão boa, só tenho a comemorar!
Té mais! E espero que sempre com boas notícias!
Com isso, avanço pro C1, meu nível de inglês, o que significa muita ralação pela frente. A partir da agora serão, além das aulas na faculdade (as disciplinas eu ainda vou escolher, a universidade nos dá duas semanas para estar em qualquer disciplina que quisermos e ver se gostamos), mais 4 horas semanais, com provas e trabalhos escritos, do curso de alemão. É um curso pago, mas para os erasmus, há benefícios. E tem a condição de fazer o exame ao final do curso. Se não... não sei o que acontece. Talvez seja como uma bolsa, em que tenho que pagar pelo curso que fiz, sei lá...
Hoje de noite tem encontro com os erasmus num restarurante daqui e depois uma festinha pra descontrair. Com uma notícia tão boa, só tenho a comemorar!
Té mais! E espero que sempre com boas notícias!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Kunsthalle
O tour de hoje foi pelo Kunsthalle de Hamburg, um edifício belíssimo no centro moderno da cidade, dedicado a exposições de obras de arte - Kunst significa arte. Tem obras de Monet, Manet, Paul Klee, Picasso entre outros clássicos, além de um setor inteiro para exposições temporárias de arte contemporânea. Fui na companhia de Cristopher (inglês) e Ieshimm (turca), gentes boas, mas calados...
Ainda tivemos a oportunidade de pintar um quadro no estilo impressionista, no próprio Kunsthalle. Lá tem um programa especial para as crianças, como uma especie de passatempo. Assim, competimos com as crianças e creio que perdemos. Os quadros deles eram muito mais expressivos que os nossos...
Pena que ainda não tenho máquina fotográfica, porque todos os dias vejo coisas belíssimas. Assim que tiver uma, atualizo o blog com todas as fotos!
Depois, fui ver uns oculos e advinha o que encontrei. Uma promoção que só existe aqui. Armações de óculos por 1 euro! Com as lentes, ficam por 30 euros, óculos novos. Isso é mais barato que uma saída a noite num restaurante ou numa boate...
Infelizmente, tive que voltar mais cedo pra casa hoje, já que amanhã tenho uma prova do curso de alemão e tive que revisar o que aprendi nessas duas semanas. Semana que vem começa a labuta a sério, com aulas de direito em alemão. Aí o bicho vai pegar!
Aufwiedersehen!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Cartão de Crédito, Rathaus e Inverno
Hoje recebi o cartão de crédito do HASPA (Hamburger Sparkasse). Agora tenho conta no banco oficial de Hamburg, pode?
Agora pela noite jantei uma salada Cesar na casa de Anneke, alemã que morou em João Pessoa durante um tempo. Pela tarde, fizemos um passeio pela Prefeitura de Hamburg, um prédio belíssimo que ainda hoje alberga as atividades burocráticas municipais. O guia era alemão e fiquei contente por ter enetendido mais da metade do que ele explicou sobre o prédio. Isso porque o cara falava baixo e rápido, para outros alemães que estavam no grupo. Sinto uma melhora considerável na comprensão do alemão; está cada dia melhor.
Depois, fui novamente ao centro de Hamburg, ver algum pullover para o inverno. A cada dia que passa, me assusto mais com a possibilidade inevitável de temperaturas negativas. Até a semana que vem quero resolver esse problema em parte, para poder curtir a cidade, o parque municipal, o planetário, a cidade portuária (hafen city), o mundo em miniatura etc.
Uma coisa, no entanto, é fato. As roupas de inverno serão um problema. Do tórax pra cima, sem crise. Tenho bons casacos e gorro (se precisar, compro um cachecol). Nas pernas, é mais tranquilo, basta usar uma calça de pijama por baixo do jeans, que aguenta-se 2 graus, como hoje. (Não sei como será com -7). Mas os pés, esses sim são um problema. Não faço idéia do que usar para os esquentar... vou esperar pelo inverno e comprar umas meias grossas de lã e talvez uma bota impermeável, sei lá...
Depois atualizo o blog com dados sobre a cidade e sobre o porto. Na segunda fizemos uma gincana pelo centro turistico de hamburgo e pude saber um pouco mais sobre a história da ciadade e sobre a política na alemanha.
Abraços e beijos!
Agora pela noite jantei uma salada Cesar na casa de Anneke, alemã que morou em João Pessoa durante um tempo. Pela tarde, fizemos um passeio pela Prefeitura de Hamburg, um prédio belíssimo que ainda hoje alberga as atividades burocráticas municipais. O guia era alemão e fiquei contente por ter enetendido mais da metade do que ele explicou sobre o prédio. Isso porque o cara falava baixo e rápido, para outros alemães que estavam no grupo. Sinto uma melhora considerável na comprensão do alemão; está cada dia melhor.
Depois, fui novamente ao centro de Hamburg, ver algum pullover para o inverno. A cada dia que passa, me assusto mais com a possibilidade inevitável de temperaturas negativas. Até a semana que vem quero resolver esse problema em parte, para poder curtir a cidade, o parque municipal, o planetário, a cidade portuária (hafen city), o mundo em miniatura etc.
Uma coisa, no entanto, é fato. As roupas de inverno serão um problema. Do tórax pra cima, sem crise. Tenho bons casacos e gorro (se precisar, compro um cachecol). Nas pernas, é mais tranquilo, basta usar uma calça de pijama por baixo do jeans, que aguenta-se 2 graus, como hoje. (Não sei como será com -7). Mas os pés, esses sim são um problema. Não faço idéia do que usar para os esquentar... vou esperar pelo inverno e comprar umas meias grossas de lã e talvez uma bota impermeável, sei lá...
Depois atualizo o blog com dados sobre a cidade e sobre o porto. Na segunda fizemos uma gincana pelo centro turistico de hamburgo e pude saber um pouco mais sobre a história da ciadade e sobre a política na alemanha.
Abraços e beijos!
domingo, 11 de outubro de 2009
Museum für Völkerkunde
Festival latino-americano
No sábado, fui com Andreas para o Museum fur Volkerkunde, onde acontecia o Festival anual de cultura latinno-americana de Hamburg. Um evento organizado pela Associação Juvenil Internacional (IJEL), seccional Hamburg, que pretende expor um pouco da cultura latino-americana (pratos, bebidas, música, arte etc) e discutir temas da atualidade. O desse ano foi imigração (ilegal) e a condição dos imigrantes na Alemanha.
Aconteceu no sábado e no domingo, mas só fui no sábado. Teve exposição de obras de artistas latinos, três shows e depois discotecagem com muitas salsa até tarde da noite. Foi tudo muito bom, mas uma das bandas em especial foi fantástica. Um grupo de ska, daqui de hamburgo, mas composto por um portugues, um venezuelano, um mexicano, um chileno e dois alemães. Durante o show eles simularam entradas ilegais noutro país, com efeitos sonoros de helicópteros, polícia etc. Um teatro, seguido de letras ácidas sobre imigração, mas cantadas em espanhol, quando os alemães é que deveriam entender o que estava sendo dito. Quem tiver interesse, é só checar o myspace Sexto Sol.de. Muito bom!
O interessante durante todo o festival, é que em nenhum momento vi o nome Brasil em canto nenhum. Várias vezes as bandas mencionavam os países da américa latina, incluindo el salvador, nicarágua e tudo mais, menos Brasil. Pra todos os efeitos, acho que não somos considerados latino-america... talvez por termos sido colonizados pelos portugueses...(sic!) Devem pensar que temos nossa própria unidade geográfica, separada da américa latina e da américa do sul, ou simplesmente não entendem a dimesão do termo "latina", confundindo com o idioma espanhol. Vou falar com Sarah sobre isso.
Hoje, dia de domingo, aproveitei pra descansar do show e saborear um delicioso espaghetti ao alho e óleo, daqueles que demora 20 minutos pra ficar pronto. O lema aqui é: quanto mais rápido melhor.
Tchuss!
sábado, 10 de outubro de 2009
Reeperbahn
Na sexta-feira conheci a Reeperbahn, a rua mais famosa de Hamburg. Eu imaginava que fosse pelos bares e pubs agitados. Mas é pela prostituição, sex houses e casinos.
A noite começou no Bairro de Sternschanze, esse sim com bares e pubs animados e muita galera jovem, estudantes especialmente. Um dos bares mais conhecidos é a Haus 73, um misto de bar com discoteca (na cave). Um bar comum, sem nada de especial, mas com uma turma boa. Conheci Andreas, um italiano finíssimo, que tá cursando medicina em Palermo, mas é Erasmus até março.
Schanze é um bairro que se tornou conhecido apenas recentemente. Por ter recebido muitos imigrantes, tem um traço legal de interculturalidade, com bares de todas as partes do mundo, especialmente turcos. Foi também durante um tempo uma base de luta dos movimentos de esquerda em Hamburg. Até hoje existe um casarão ocupado por punks no auge dos confrontos com a polícia. Lá funciona um bar, mantido por punks, onde não se vende alcool, para não ter confusões.
Já no final da noite, tivemos a brilhante ideia de passar na Reeperbahn, já muitos ainda não conheciam. Logo na chegada da estação de metrô, vêm-se os letreiros luminosos enormes. A rua inteira acesa, com cores fortes, especialmente vermelho e roxo. Em toda a sua extensão, está repleta de sex shops, strip clubs e casinos. É um ambiente radicalmente oposto ao que vejo no dia-a-dia na Alemanha.
Um povo extremamente regrado, que obedece limites e regras sociais o tempo inteiro, precisa de um escape em algum momento. A Reeperbahn me pareceu essa válvula - pessoal embriagado na rua, tudo bagunçado, a rua suja e pelo menos 3 brigas num percurso de 500 metros. Cenário completamente surreal. A turma ficou assustada e voltamos pra casa com a sensação de que não voltaremos muitas vezes na famosa rua.
De todo modo, tinhamos que conhece-la um dia! Valeu a ida à Schanze.
A noite começou no Bairro de Sternschanze, esse sim com bares e pubs animados e muita galera jovem, estudantes especialmente. Um dos bares mais conhecidos é a Haus 73, um misto de bar com discoteca (na cave). Um bar comum, sem nada de especial, mas com uma turma boa. Conheci Andreas, um italiano finíssimo, que tá cursando medicina em Palermo, mas é Erasmus até março.
Schanze é um bairro que se tornou conhecido apenas recentemente. Por ter recebido muitos imigrantes, tem um traço legal de interculturalidade, com bares de todas as partes do mundo, especialmente turcos. Foi também durante um tempo uma base de luta dos movimentos de esquerda em Hamburg. Até hoje existe um casarão ocupado por punks no auge dos confrontos com a polícia. Lá funciona um bar, mantido por punks, onde não se vende alcool, para não ter confusões.
Já no final da noite, tivemos a brilhante ideia de passar na Reeperbahn, já muitos ainda não conheciam. Logo na chegada da estação de metrô, vêm-se os letreiros luminosos enormes. A rua inteira acesa, com cores fortes, especialmente vermelho e roxo. Em toda a sua extensão, está repleta de sex shops, strip clubs e casinos. É um ambiente radicalmente oposto ao que vejo no dia-a-dia na Alemanha.
Um povo extremamente regrado, que obedece limites e regras sociais o tempo inteiro, precisa de um escape em algum momento. A Reeperbahn me pareceu essa válvula - pessoal embriagado na rua, tudo bagunçado, a rua suja e pelo menos 3 brigas num percurso de 500 metros. Cenário completamente surreal. A turma ficou assustada e voltamos pra casa com a sensação de que não voltaremos muitas vezes na famosa rua.
De todo modo, tinhamos que conhece-la um dia! Valeu a ida à Schanze.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Festa na Europa Haus
Ontem é que foi um dia inédito!
Depois de ter ido à tarde na Ikea, nos confins de Hamburg, pra comprar cobertor, travesseiro, essas coisas de casa, na companhia de Tuhal (irlandês), Angeline e Lucie (chinesas...), fiquei sabendo que teria um churrasco (de noite, vê que viagem!...) de recepção dos erasmus, organizado pelos erasmus, na Europa Haus, a residência oficial deles.
A Europa Haus fica longe de minha residência, tenho que pegar um onibus e um metro até lá. Mesmo assim, saí de casa às 9 da noite com destino certo. O que eu não imaginava é como iria terminar essa noite. Depois de quase 1 hora de viagem, chego lá pelo barulho. Ficamos um pouco na europa haus, mas o churrasco já tava nas ultimas e o pessoal ou tava indo dormir ou tava migrando pra um outra residencia, que fica a alguns metros, a Paul-Sudeck-Haus.
Lá tem um bar com discotecagem e um primeiro andar com sinucas, sofas e uma média-luz no grau. O canto lotou, gente de todo o mundo, espanhois, africanos, japoneses, colombianos, tudo! Até gente do Urzbequistão eu conheci! Chegamos lá umas 11 horas e a festa rolou até umas 2 da manhã. Num bar convencional, a cerva é 2 e 50/ 3 euros. Nas residencias custa 1 euro.
Quando já era hora de voltar pra casa, percebi que não tinha metro funcionando a noite, somente nas sextas e sábados. Com isso, acabei dormindo na área comum de um apartamento da Europa Haus, onde moram alguns portugueses, inclusive Catarina. Ela cursa linguas aplicadas na universidade de braga e vai passar um semestre em hamburg.
À tarde não teve outra: dormir, apesar do solzão convidaditvo para um passeio. E resolvi tirar o resto do dia para descansar, entrar na internet, falar com a família e estudar um pouco. Mas tudo é pensado: amanhã já tem outra saída marcada, pro bairro de St. Pauli e no sábado tem um festival de cultura latino-americana que vai ser da hora!
Amanhã a tarde vamos fazer um tour, com a professora do curso de alemão, pelos arredores da universidade, no bairro de Grindelhof. E semana que vem tem mais excursões.
Não se preocupem, eu arranjo tempo pra atualizar o blog!
Bis bald!
Depois de ter ido à tarde na Ikea, nos confins de Hamburg, pra comprar cobertor, travesseiro, essas coisas de casa, na companhia de Tuhal (irlandês), Angeline e Lucie (chinesas...), fiquei sabendo que teria um churrasco (de noite, vê que viagem!...) de recepção dos erasmus, organizado pelos erasmus, na Europa Haus, a residência oficial deles.
A Europa Haus fica longe de minha residência, tenho que pegar um onibus e um metro até lá. Mesmo assim, saí de casa às 9 da noite com destino certo. O que eu não imaginava é como iria terminar essa noite. Depois de quase 1 hora de viagem, chego lá pelo barulho. Ficamos um pouco na europa haus, mas o churrasco já tava nas ultimas e o pessoal ou tava indo dormir ou tava migrando pra um outra residencia, que fica a alguns metros, a Paul-Sudeck-Haus.
Lá tem um bar com discotecagem e um primeiro andar com sinucas, sofas e uma média-luz no grau. O canto lotou, gente de todo o mundo, espanhois, africanos, japoneses, colombianos, tudo! Até gente do Urzbequistão eu conheci! Chegamos lá umas 11 horas e a festa rolou até umas 2 da manhã. Num bar convencional, a cerva é 2 e 50/ 3 euros. Nas residencias custa 1 euro.
Quando já era hora de voltar pra casa, percebi que não tinha metro funcionando a noite, somente nas sextas e sábados. Com isso, acabei dormindo na área comum de um apartamento da Europa Haus, onde moram alguns portugueses, inclusive Catarina. Ela cursa linguas aplicadas na universidade de braga e vai passar um semestre em hamburg.
À tarde não teve outra: dormir, apesar do solzão convidaditvo para um passeio. E resolvi tirar o resto do dia para descansar, entrar na internet, falar com a família e estudar um pouco. Mas tudo é pensado: amanhã já tem outra saída marcada, pro bairro de St. Pauli e no sábado tem um festival de cultura latino-americana que vai ser da hora!
Amanhã a tarde vamos fazer um tour, com a professora do curso de alemão, pelos arredores da universidade, no bairro de Grindelhof. E semana que vem tem mais excursões.
Não se preocupem, eu arranjo tempo pra atualizar o blog!
Bis bald!
Surpresa a cada dia
Depois de um jejum de dois dias sem dar notícias, volto a partilhar um pouco dessa vivência intensa em Hamburg. O problema é que tanta coisa aconteceu, mas tanta, que não vou conseguir despejar aqui numa postagem só.
Na terça-feira, como pormetido, teve mais interação com os erasmi. Saí para dar uma volta no centro da cidade, centrão comercial, que eu ainda não conhecia. Lá conheci a prefeitura de hamburg, essa aí na foto. As estruturas são incríveis, nem tão altas nem tão baixas, mas bastante modernas, com muitos vidros. Algumas avançam sobre o Elba e há cisnes e patos em todos os canais do Elba que penetram a cidade. Esses prédios foram todos reconstruídos depois da segunda grande guerra. Hamburg ficou em ruínas, mas foi depois auxiliada pelo governo inglês e conseguiu se reerguer com estilo. Hoje, no centro é onde se concentram as famosas marcas de roupas, eletronicos etc.
Nessa tarde eu aproveitei para abrir uma conta no banco e pagar as tarifas da universidade. Ficamos por ali um tempo, eu, Thomas e Sarah, franceses, resolvendo algumas pendencias e turistando, até que decidimos ir a Schanze, uma região aqui cheia de barzinhos. Logo na descida da estação tem uma Kneipe de esquina estilosíssima, daquelas que do lado de fora vc vê a cabeça do pessoal nos seus joelhos. Num é que entramos e degustamos uma deliciosa cerveja Astra, fabricada em Hamburg? A melhor que já provei até agora. Muito boa!
Ficamos por lá o finalzinho da tarde e um pouco da noite. Quando já entravamos no U-Bahn, quem encontramos? Um montão de outros erasmus se dirigindo aos barzinhos. Num teve outra, nos juntamos ao grupo e voltamos aos bares. No final da noite, comi um churrasco turco delicioso!
Para não dizerem que é só farra. Ainda deu tempo pra fazer os trabalhos de casa do curso intensivo de alemão. Esse sim é puxado, 4 horas e meia de aulas todas as manhãs. Mas me digam, tem método melhor para se aprender uma lingua que interagindo com outras pessoas? Com os erasmi, só se fala alemão. É ainda um alemão lento, errado, mas que todos os dias é visivelmente melhor. Meu receio de falar inglês, ainda bem, não se concretizou! E quando puxam pro inglês, trago de volta pro alemão.
E assim vamos caminhando, nesse equilíbrio desequilibrado.
Na terça-feira, como pormetido, teve mais interação com os erasmi. Saí para dar uma volta no centro da cidade, centrão comercial, que eu ainda não conhecia. Lá conheci a prefeitura de hamburg, essa aí na foto. As estruturas são incríveis, nem tão altas nem tão baixas, mas bastante modernas, com muitos vidros. Algumas avançam sobre o Elba e há cisnes e patos em todos os canais do Elba que penetram a cidade. Esses prédios foram todos reconstruídos depois da segunda grande guerra. Hamburg ficou em ruínas, mas foi depois auxiliada pelo governo inglês e conseguiu se reerguer com estilo. Hoje, no centro é onde se concentram as famosas marcas de roupas, eletronicos etc.
Nessa tarde eu aproveitei para abrir uma conta no banco e pagar as tarifas da universidade. Ficamos por ali um tempo, eu, Thomas e Sarah, franceses, resolvendo algumas pendencias e turistando, até que decidimos ir a Schanze, uma região aqui cheia de barzinhos. Logo na descida da estação tem uma Kneipe de esquina estilosíssima, daquelas que do lado de fora vc vê a cabeça do pessoal nos seus joelhos. Num é que entramos e degustamos uma deliciosa cerveja Astra, fabricada em Hamburg? A melhor que já provei até agora. Muito boa!
Ficamos por lá o finalzinho da tarde e um pouco da noite. Quando já entravamos no U-Bahn, quem encontramos? Um montão de outros erasmus se dirigindo aos barzinhos. Num teve outra, nos juntamos ao grupo e voltamos aos bares. No final da noite, comi um churrasco turco delicioso!
Para não dizerem que é só farra. Ainda deu tempo pra fazer os trabalhos de casa do curso intensivo de alemão. Esse sim é puxado, 4 horas e meia de aulas todas as manhãs. Mas me digam, tem método melhor para se aprender uma lingua que interagindo com outras pessoas? Com os erasmi, só se fala alemão. É ainda um alemão lento, errado, mas que todos os dias é visivelmente melhor. Meu receio de falar inglês, ainda bem, não se concretizou! E quando puxam pro inglês, trago de volta pro alemão.
E assim vamos caminhando, nesse equilíbrio desequilibrado.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
E viva Erasmus!
Outro dia espetacular! De longe o melhor desde que cheguei. Porque?
Hoje tive o primeiro contato com o pessoal do Erasmus. Esse programa de intercâmbio academico, que supostamente deveria ser para todo o mundo, mas em hamburgo ainda noa vigora essa regra (informalmente, creio eu), faz com que milhares de alunos circulem entre universidade europeias todos os anos. E há os que se viciam e fazem mais de uma vez!
Logo de manhã cedo fui me registrar no Einwohnungsamt, resposável pelo registro dos moradores de hamburg. De seguida, universitat hamburg. Lá uma prova escrita e uma oral para ver qual o meu nível de alemão - acabei no B2, junto com 80 por cento do grupo de erasmus. Um bom nivel!
Nesse momento troquei uma ideia legal com uma galera da itália, frança, espanha e portugal. Pelo menos nesse erasmus, os franceses dominam geral, são mais de 20 e bota mais nisso. Todos os erasmus fazem o interca,bio com direito a todas as boquinhas que uniao europeia oferece - lugar na europa haus, comunidade só pra erasmus (diferente da minha, que é para estudantes), e mais bolsa de 200 euros. Eles disseram que na dinamarca rola uma bolsa na bagatela de 600 euros...
Pelas conversas, vi que estou num bom nivel de alemão. Mas fiquei surpreso, porque esperava encontrar uma turma que não manjasse nada. Pelo contrário! O pessoal todo saca muito! Essa a vantagem do erasmus... franceses falando alemão e inglês fluente. Italianos dominando alemão e françes, e por aí vai. Foda é não abrir o clubinho, mesmo que sem bolsa...
Almoçei depois um Liberkaese mit Zwibelnsauce (lembro se era assim não), que eu não fazia a menor ideia do que era.. até ver que era uam carne salgada com molho de cebola... e haja estomago pra testar todos pratos! Num dá é pra ficar com um dicionário, bandeja na mão e segurando a fila pra traduzir cada detalhe. E depois, a surpresa pode ser boa, num é?
Então rolou uma apresentação so pro pessoal erasmus do Direito. Resultado: portugal, espanha, república checa, irlanda, frança, itália, grécia e para surpresa de todos, Brasil, muito bem representados. A secretária do curso esclareceu alguns pontos que me deixaram tranquilo. Por exemplo, teremos 4 semana pra assistir as cadeiras que quisermos, até escolher as definitivas. Ela recomendou a escolha de 5, que completam 40 créditos. E as provas? Orais...ohoho E os professores pegam leve nos erasmus. Filé!
Hoje era também a semana de recepçaõ dos Anfaenger, feras, daqui. A universidade toma conta de tudo. Tutores em todo canto, progrmações, tours pelo campus, tem um café só dos estudantes onde rolam atividades (inclusive rodas de capoeira(sic!)) pros estudantes. Tudo! Recebemos 4 livros com informações sobre hamburg, a universidade etc. A diferença é grande...
Interessante aqui é que o pessoal entra na universidade mais velho que no Brasil. Tem uma tendencia na alemanha de se sair de casa mt cedo, então so jovens terminam o cinetifico e trabalham pra se sustentar. Entre os feras tinha muita gente mais velha que eu... ficava lembrando dos rostinho de leite que entram no ccj com 16 anos... totalmente diferente.
Bom, acertei amanha de comprar sapatos impermeáveis com Jatin (j le-se i), um italiano, pra aguentar a chuva de hamburg. Tou precisando ainda de travesseiros e de guarda-chuva. Mas isso se resolve. Tou demorando porque a chuva deu uma trégua. Pena que o frio não. Amanheci hoje com 6 graus lá fora. Tirando os pés, o resto aguenta numa boa, até as orelhas e o nariz...ahauhauah
Chegando na residencia, conversei um tempão com a namorada de Tobias, a Helle. Ela é promotora de justiça em hamburg e me mostrou 3 processos aqui, dois de furto e um de porte ilegal de arma... e em pensar no Brasil.. seriam um latrocinio e dois homícios qualificados. Ela me passou muitas informações sobre o sistema penal alemão e sobre a visão deles com relação ao júri e a formação do jurista. A tradição positivista tá forte aqui. Faltou sondar mais sobre o direito penal do inimigo e o trabalho da polícia. Depois me cobrem um post só com isso!
Amanhã já vou ter aula no instensivão de alemão, a manhã inteira. Tarde de turismo e compras. Por fim, à noite vai rolar um Hamburg by night tour. Querem mais? Perdoem se amanhã não houver atualização do blog...hohoho!
Abraços e beijos a todos!
Hoje tive o primeiro contato com o pessoal do Erasmus. Esse programa de intercâmbio academico, que supostamente deveria ser para todo o mundo, mas em hamburgo ainda noa vigora essa regra (informalmente, creio eu), faz com que milhares de alunos circulem entre universidade europeias todos os anos. E há os que se viciam e fazem mais de uma vez!
Logo de manhã cedo fui me registrar no Einwohnungsamt, resposável pelo registro dos moradores de hamburg. De seguida, universitat hamburg. Lá uma prova escrita e uma oral para ver qual o meu nível de alemão - acabei no B2, junto com 80 por cento do grupo de erasmus. Um bom nivel!
Nesse momento troquei uma ideia legal com uma galera da itália, frança, espanha e portugal. Pelo menos nesse erasmus, os franceses dominam geral, são mais de 20 e bota mais nisso. Todos os erasmus fazem o interca,bio com direito a todas as boquinhas que uniao europeia oferece - lugar na europa haus, comunidade só pra erasmus (diferente da minha, que é para estudantes), e mais bolsa de 200 euros. Eles disseram que na dinamarca rola uma bolsa na bagatela de 600 euros...
Pelas conversas, vi que estou num bom nivel de alemão. Mas fiquei surpreso, porque esperava encontrar uma turma que não manjasse nada. Pelo contrário! O pessoal todo saca muito! Essa a vantagem do erasmus... franceses falando alemão e inglês fluente. Italianos dominando alemão e françes, e por aí vai. Foda é não abrir o clubinho, mesmo que sem bolsa...
Almoçei depois um Liberkaese mit Zwibelnsauce (lembro se era assim não), que eu não fazia a menor ideia do que era.. até ver que era uam carne salgada com molho de cebola... e haja estomago pra testar todos pratos! Num dá é pra ficar com um dicionário, bandeja na mão e segurando a fila pra traduzir cada detalhe. E depois, a surpresa pode ser boa, num é?
Então rolou uma apresentação so pro pessoal erasmus do Direito. Resultado: portugal, espanha, república checa, irlanda, frança, itália, grécia e para surpresa de todos, Brasil, muito bem representados. A secretária do curso esclareceu alguns pontos que me deixaram tranquilo. Por exemplo, teremos 4 semana pra assistir as cadeiras que quisermos, até escolher as definitivas. Ela recomendou a escolha de 5, que completam 40 créditos. E as provas? Orais...ohoho E os professores pegam leve nos erasmus. Filé!
Hoje era também a semana de recepçaõ dos Anfaenger, feras, daqui. A universidade toma conta de tudo. Tutores em todo canto, progrmações, tours pelo campus, tem um café só dos estudantes onde rolam atividades (inclusive rodas de capoeira(sic!)) pros estudantes. Tudo! Recebemos 4 livros com informações sobre hamburg, a universidade etc. A diferença é grande...
Interessante aqui é que o pessoal entra na universidade mais velho que no Brasil. Tem uma tendencia na alemanha de se sair de casa mt cedo, então so jovens terminam o cinetifico e trabalham pra se sustentar. Entre os feras tinha muita gente mais velha que eu... ficava lembrando dos rostinho de leite que entram no ccj com 16 anos... totalmente diferente.
Bom, acertei amanha de comprar sapatos impermeáveis com Jatin (j le-se i), um italiano, pra aguentar a chuva de hamburg. Tou precisando ainda de travesseiros e de guarda-chuva. Mas isso se resolve. Tou demorando porque a chuva deu uma trégua. Pena que o frio não. Amanheci hoje com 6 graus lá fora. Tirando os pés, o resto aguenta numa boa, até as orelhas e o nariz...ahauhauah
Chegando na residencia, conversei um tempão com a namorada de Tobias, a Helle. Ela é promotora de justiça em hamburg e me mostrou 3 processos aqui, dois de furto e um de porte ilegal de arma... e em pensar no Brasil.. seriam um latrocinio e dois homícios qualificados. Ela me passou muitas informações sobre o sistema penal alemão e sobre a visão deles com relação ao júri e a formação do jurista. A tradição positivista tá forte aqui. Faltou sondar mais sobre o direito penal do inimigo e o trabalho da polícia. Depois me cobrem um post só com isso!
Amanhã já vou ter aula no instensivão de alemão, a manhã inteira. Tarde de turismo e compras. Por fim, à noite vai rolar um Hamburg by night tour. Querem mais? Perdoem se amanhã não houver atualização do blog...hohoho!
Abraços e beijos a todos!
domingo, 4 de outubro de 2009
A administração da justiça
Tarde de céu parcialmente aberto com pancadas esporádicas de chuva, resolvi fazer um passeio com o mapa no bolso, mas com a condição de só mirá-lo nos casos emergenciais. Dito e feito, peguei o metrô e desci no centro da cidade, nas margens do rio Elba, na estação de St. Pauli. St Pauli é um bairro tradicional da cidade, que concentra bares, teatros e boa parte da vida noturna da cidade.
É também um time de futebou da segunda divisão alemã. Quando sai da estação, dei de cara com um cordão de policiais (a primeira vez que os vi em Hamburg) e com berros vindo do estádio do time. Na hora bateu aquele pino de dar de cara com torcidas organizadas depois do jogo (a do St. Pauli é marcada por uma caveira). Então me afastei do estádio e me embrenhei por um parque, o GroBe Wallanlagen.
Eis que do nada, dou de cara com os imponentes prédios da justiça. O tribunal Criminal e o Tribunal Civil (depois me informarei como funciona a jurisdição dos tribunais aqui). Duas obras de arte, com arquitetura moderna (á la Versailles), deveras imponentes. Nada dos vidros espelhados e mármores do Brasil, mas de todo modo, pujante ao ponto de rebaixar quem deles se aproxima.
Infelizmente, a administração da justiça se assemelha em todo o mundo. Essa tradição de demostrar força, superioridade, ominipotência por parte do judiciário, como se apenas por isso fosse ser mais respeitado, impera aqui também. Prédios belíssimos, estacionamentos privativos, carros milionários à volta... a história se repete.
Continuei minha excussão às cegas e fui parar no Alster de Hamburg, um lago belíssimo no coração da cidade! Tem 8 kilômetros de diâmetro. Nas margens, serve como pista de jogging. No lago, há barcos, veleiros e equipes de remo profissionais. À volta, prédios futuristas mesclados com prédios antigos numa sintonia incrivel! O lugar perfeito pra descansar e apreciar a vista.
Na volta, fui bater na embaixada dos EUA. Aí bateu aquela fome e o cansaço e resolvi procurar a estação mais próxima. Olhei o mapa pela primeira vez e achei a estação de trem (Hauptbahnhof) da Hamburg. Em frente dela passa o busu que me deixa em casa e como ainda faltavam 15 minutos pra ele chegar (o tempo é cronometrado, fica à mostra em placas eletrônicas em cada parada), resolvi entrar na estação pra ver qual é. Muita bonita, mas é uma estação de trem, então não há muito pra se falar.
Encontrei um McDonalds e resolvi seguir o conselho de Igão. Resultado, chesseburger aqui tb é 1 euro! Num tem nada melhor depois de uma tarde caminhando... hahahahah Vi o preço das passagens pra Bremen - a partir de 30, chegando a 50 paus a ida e a volta. Tem passagem de avião pra Dublin que sai mais em conta... A Deutsche Bahn tá faturando uma nota $$$
Chegando na resindencia, ocasião rara. Tobias, a namorada, e Sara fazendo uma social. Desde que cheguei nunca tinha visto ninguem na cozinha. Pessoal comendo e trocabdo uma idéia. Entrei no meio, mas só na escuta. O ouvido teima em não entender direito, mas eles tb não perdoam... falam rápido e ao memso tempo. Ainda chego lá!!
Sara faz parte de uma ONG que trabalha com a questão da imigração e tem muitos integrantes latino-americanos. Tem 24 anos e já morou em Cuba e no México (é fluente no espanhol). Eles tão organizando um evento no fds que vem sobre a cultura latino-americana e imigração - debates e depois mostras, danças, bebidas e talz. Já tenho programa pra sábado!
Amanhã começa o curso de alemão na universidade. As aulas mesmo só começam dia 19 de outubro. Agora sim vou começar e me entrosar com o pessoal da universidade, com os erasmus etc. Tava esperando por esse momento!
Depois tem mais! Vamos tentar entender como anda a política aqui e ver algumas questões mais polêmicas, como meio-ambiente, afeganistão, criminalidade, futebol etc.
Tchuss!
É também um time de futebou da segunda divisão alemã. Quando sai da estação, dei de cara com um cordão de policiais (a primeira vez que os vi em Hamburg) e com berros vindo do estádio do time. Na hora bateu aquele pino de dar de cara com torcidas organizadas depois do jogo (a do St. Pauli é marcada por uma caveira). Então me afastei do estádio e me embrenhei por um parque, o GroBe Wallanlagen.
Eis que do nada, dou de cara com os imponentes prédios da justiça. O tribunal Criminal e o Tribunal Civil (depois me informarei como funciona a jurisdição dos tribunais aqui). Duas obras de arte, com arquitetura moderna (á la Versailles), deveras imponentes. Nada dos vidros espelhados e mármores do Brasil, mas de todo modo, pujante ao ponto de rebaixar quem deles se aproxima.
Infelizmente, a administração da justiça se assemelha em todo o mundo. Essa tradição de demostrar força, superioridade, ominipotência por parte do judiciário, como se apenas por isso fosse ser mais respeitado, impera aqui também. Prédios belíssimos, estacionamentos privativos, carros milionários à volta... a história se repete.
Continuei minha excussão às cegas e fui parar no Alster de Hamburg, um lago belíssimo no coração da cidade! Tem 8 kilômetros de diâmetro. Nas margens, serve como pista de jogging. No lago, há barcos, veleiros e equipes de remo profissionais. À volta, prédios futuristas mesclados com prédios antigos numa sintonia incrivel! O lugar perfeito pra descansar e apreciar a vista.
Na volta, fui bater na embaixada dos EUA. Aí bateu aquela fome e o cansaço e resolvi procurar a estação mais próxima. Olhei o mapa pela primeira vez e achei a estação de trem (Hauptbahnhof) da Hamburg. Em frente dela passa o busu que me deixa em casa e como ainda faltavam 15 minutos pra ele chegar (o tempo é cronometrado, fica à mostra em placas eletrônicas em cada parada), resolvi entrar na estação pra ver qual é. Muita bonita, mas é uma estação de trem, então não há muito pra se falar.
Encontrei um McDonalds e resolvi seguir o conselho de Igão. Resultado, chesseburger aqui tb é 1 euro! Num tem nada melhor depois de uma tarde caminhando... hahahahah Vi o preço das passagens pra Bremen - a partir de 30, chegando a 50 paus a ida e a volta. Tem passagem de avião pra Dublin que sai mais em conta... A Deutsche Bahn tá faturando uma nota $$$
Chegando na resindencia, ocasião rara. Tobias, a namorada, e Sara fazendo uma social. Desde que cheguei nunca tinha visto ninguem na cozinha. Pessoal comendo e trocabdo uma idéia. Entrei no meio, mas só na escuta. O ouvido teima em não entender direito, mas eles tb não perdoam... falam rápido e ao memso tempo. Ainda chego lá!!
Sara faz parte de uma ONG que trabalha com a questão da imigração e tem muitos integrantes latino-americanos. Tem 24 anos e já morou em Cuba e no México (é fluente no espanhol). Eles tão organizando um evento no fds que vem sobre a cultura latino-americana e imigração - debates e depois mostras, danças, bebidas e talz. Já tenho programa pra sábado!
Amanhã começa o curso de alemão na universidade. As aulas mesmo só começam dia 19 de outubro. Agora sim vou começar e me entrosar com o pessoal da universidade, com os erasmus etc. Tava esperando por esse momento!
Depois tem mais! Vamos tentar entender como anda a política aqui e ver algumas questões mais polêmicas, como meio-ambiente, afeganistão, criminalidade, futebol etc.
Tchuss!
sábado, 3 de outubro de 2009
Primeiras impressões
Finalmente tenho tempo pra escrever um pouco nesse blog!
Pois bem, estou em Hamburg desde quinta-feira (01), mas vou poupar-vos dos detalhes mínimos. Minha chegada não poderia ter sido melhor. Tinha à minha espera a tutora que a universidade indicou pra me ajudar nessas primeiras semana de orientação na Alemanha. Advinhem só? Ela é loira, da minha altura e tem duas bilas azuis no lugar dos olhos... Esses detalhesm ajudaram na adaptação..rsrsrsrs
Viemos direto à minha casa, a residencia universitária. Essa é sensacional, com toda a estrutura que um apessoa precisa pra morar a vida inteira: quarto individual com aquecedor, estantes e pia interna; banheiro em cada andar; cozinha; academia; parque com churrasqueira; até um lago no quintal tem! Tem uma galera que passa universidade inteira aqui.
A cidade é cinzenta, sempre nublada e por enquannto está muito agradável, clima bom, sempre acima dos 10 graus - embora vente muito, apesar. Apesar de ser uma cidade cosmopolita, com mais de 2 milhoes de habitantes, não existem predios altos na cidade, quero dizer, com mais de 7 andares. Todos são padronizados, com tijolinhos vermelhos e com cafés e pequenos comércios no térreo. Aqui perto tem um café de dois iranianos que é uma maravilha! Doces por 1 euro! Um achado!
Na chegada já conheci duas outras pessoas: tobbias, um alemão que tá terminando psicologia e purja, um iraniano radicado na alemanha, que tá concluindo economia. Duas figuras! As pessoas com quem tenho falado até agora, até aquelas a quem peço informação na rua, são sempre muito simpáticas. Isso quebra de vez a ideia do alemão frio, preconceituso.. se bem que ainda tenho alguns meses por aqui.
Na sexta fui á universidade. O campus fica no coração de hamburgo, de uma maneira que vc não sabe qando entrou na uni ou quando saiu. Os prédios são identicos e não há cercas. Resolvi algumas coisas na faculdade de direito, uma das maiores daqui, e resolvi almoçar pelo campus, numa das 4 cantinas. Almocei numa deliciosa, mas cara. Me disseram que há outras onde o prato sai por 2 euros, aí sim vale a pena.
No quesito lazer, rolou até ontem o festival internacional de cinema de hamburg, com filmes num cinema perto na universidade. O foda: 7,50 euros uma sessão. Pagar quase 25 reais pra ver filmes espanhol não dá, né? Mas aí eu extrapolei num show de rock de uma de minhas bandas preferidas, ontem a noite - Theory of a Deadman. O show foi fodástico, num lugarzinho chamado Logo, centro de Hamburg. Deixei o casaco na entrada e fui curtir. Até que na última música, lá na frentona mesmo, no meio do tumulto, levei uma porrada na cabeça que derrubou meus óculos... a mesma cena das muriçocas de 2007, mas sem José Liberalino pra salvar os óculos. Resultado, voltei pra casa sem oculos, sem ver nada! Tou me virando com lente de contato.
Hoje é feriado nacional na Alemanha, 3 de outubro, o dia da reunificação alemã. A cidade está morta, nada funciona. Com o vento lá fora e o friozinho, o melhor programa é ficar em casa e atualizar os amigos.
Aguardem por mais!
Victor
Pois bem, estou em Hamburg desde quinta-feira (01), mas vou poupar-vos dos detalhes mínimos. Minha chegada não poderia ter sido melhor. Tinha à minha espera a tutora que a universidade indicou pra me ajudar nessas primeiras semana de orientação na Alemanha. Advinhem só? Ela é loira, da minha altura e tem duas bilas azuis no lugar dos olhos... Esses detalhesm ajudaram na adaptação..rsrsrsrs
Viemos direto à minha casa, a residencia universitária. Essa é sensacional, com toda a estrutura que um apessoa precisa pra morar a vida inteira: quarto individual com aquecedor, estantes e pia interna; banheiro em cada andar; cozinha; academia; parque com churrasqueira; até um lago no quintal tem! Tem uma galera que passa universidade inteira aqui.
A cidade é cinzenta, sempre nublada e por enquannto está muito agradável, clima bom, sempre acima dos 10 graus - embora vente muito, apesar. Apesar de ser uma cidade cosmopolita, com mais de 2 milhoes de habitantes, não existem predios altos na cidade, quero dizer, com mais de 7 andares. Todos são padronizados, com tijolinhos vermelhos e com cafés e pequenos comércios no térreo. Aqui perto tem um café de dois iranianos que é uma maravilha! Doces por 1 euro! Um achado!
Na chegada já conheci duas outras pessoas: tobbias, um alemão que tá terminando psicologia e purja, um iraniano radicado na alemanha, que tá concluindo economia. Duas figuras! As pessoas com quem tenho falado até agora, até aquelas a quem peço informação na rua, são sempre muito simpáticas. Isso quebra de vez a ideia do alemão frio, preconceituso.. se bem que ainda tenho alguns meses por aqui.
Na sexta fui á universidade. O campus fica no coração de hamburgo, de uma maneira que vc não sabe qando entrou na uni ou quando saiu. Os prédios são identicos e não há cercas. Resolvi algumas coisas na faculdade de direito, uma das maiores daqui, e resolvi almoçar pelo campus, numa das 4 cantinas. Almocei numa deliciosa, mas cara. Me disseram que há outras onde o prato sai por 2 euros, aí sim vale a pena.
No quesito lazer, rolou até ontem o festival internacional de cinema de hamburg, com filmes num cinema perto na universidade. O foda: 7,50 euros uma sessão. Pagar quase 25 reais pra ver filmes espanhol não dá, né? Mas aí eu extrapolei num show de rock de uma de minhas bandas preferidas, ontem a noite - Theory of a Deadman. O show foi fodástico, num lugarzinho chamado Logo, centro de Hamburg. Deixei o casaco na entrada e fui curtir. Até que na última música, lá na frentona mesmo, no meio do tumulto, levei uma porrada na cabeça que derrubou meus óculos... a mesma cena das muriçocas de 2007, mas sem José Liberalino pra salvar os óculos. Resultado, voltei pra casa sem oculos, sem ver nada! Tou me virando com lente de contato.
Hoje é feriado nacional na Alemanha, 3 de outubro, o dia da reunificação alemã. A cidade está morta, nada funciona. Com o vento lá fora e o friozinho, o melhor programa é ficar em casa e atualizar os amigos.
Aguardem por mais!
Victor