Na sexta-feira conheci a Reeperbahn, a rua mais famosa de Hamburg. Eu imaginava que fosse pelos bares e pubs agitados. Mas é pela prostituição, sex houses e casinos.
A noite começou no Bairro de Sternschanze, esse sim com bares e pubs animados e muita galera jovem, estudantes especialmente. Um dos bares mais conhecidos é a Haus 73, um misto de bar com discoteca (na cave). Um bar comum, sem nada de especial, mas com uma turma boa. Conheci Andreas, um italiano finíssimo, que tá cursando medicina em Palermo, mas é Erasmus até março.
Schanze é um bairro que se tornou conhecido apenas recentemente. Por ter recebido muitos imigrantes, tem um traço legal de interculturalidade, com bares de todas as partes do mundo, especialmente turcos. Foi também durante um tempo uma base de luta dos movimentos de esquerda em Hamburg. Até hoje existe um casarão ocupado por punks no auge dos confrontos com a polícia. Lá funciona um bar, mantido por punks, onde não se vende alcool, para não ter confusões.
Já no final da noite, tivemos a brilhante ideia de passar na Reeperbahn, já muitos ainda não conheciam. Logo na chegada da estação de metrô, vêm-se os letreiros luminosos enormes. A rua inteira acesa, com cores fortes, especialmente vermelho e roxo. Em toda a sua extensão, está repleta de sex shops, strip clubs e casinos. É um ambiente radicalmente oposto ao que vejo no dia-a-dia na Alemanha.
Um povo extremamente regrado, que obedece limites e regras sociais o tempo inteiro, precisa de um escape em algum momento. A Reeperbahn me pareceu essa válvula - pessoal embriagado na rua, tudo bagunçado, a rua suja e pelo menos 3 brigas num percurso de 500 metros. Cenário completamente surreal. A turma ficou assustada e voltamos pra casa com a sensação de que não voltaremos muitas vezes na famosa rua.
De todo modo, tinhamos que conhece-la um dia! Valeu a ida à Schanze.
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